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Paredes: No Europeu de Basquetebol em Cadeiras de Rodas

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O selecionador nacional de basquetebol em cadeira de rodas, Jorge Almeida, anunciou os convocados para o Campeonato da Europa C que vai decorrer em Lisboa de 5 a 12 de julho, no Pavilhão Municipal do Casal Vistoso. Para Portugal só existe um objetivo: a subida de divisão! O selecionador nacional não tem dúvidas: o nível dos jogadores portugueses merece a divisão B”.

Entre outras declarações, Jorge Almeida lança o repto aos adeptos da modalidade, e não só, para que de 5 a 12 de Julho, o Pavilhão do Casal Vistoso esteja repleto de entusiasmo no apoio à Nossa Seleção Nacional.

Jogadores Convocados (Comunicado em Anexo):

Eis a lista de convocados:
Carlos Cardoso - Extremo, 1.0 (APD Paredes)
Filipe Silva - Extremo, 2.5 (APD Paredes)
Rui Nicolau - Extremo, 1.0 (APD Sintra)
Filipe Carneiro - Extremo, 1.0 (AMFIV-Vigo, Espanha)
Hugo Maia - Base/Extremo, 2.5 (GDD-Alcoitão)
Hugo Lourenço - Poste, 4.0 (CP Mideba, Espanha)
Pedro Gonçalves - Base, 3.5 (CP Mideba, Espanha) - Capitão Nuno Neves - Base/Extremo, 2.0 (Meylan-Grenoble, França) Aníbal Costa - Base/Extremo, 4.0 (APD Leiria)
Nélson Oliveira - Extremo, 1.0 (APD Leiria)
Márcio Dias - Poste, 4.5 (Servigest Burgos, Espanha)
Pedro Bártolo - Base, 2.5 (Basketmi Ferrol, Espanha)

Nota: a indicação numérica ao lado do nome de cada jogador diz respeito à sua classificação funcional. No basquetebol em cadeira de rodas cada jogador é avaliado entre 1.0 e 4.5 de acordo com a sua funcionalidade (uma menor funcionalidade de um atleta sentado na sua cadeira de jogo, corresponde uma classificação mais baixa), não podendo o total dos cinco elementos em campo exceder os 14.0 pontos.

O selecionador português, Jorge Almeida, apontou como expetativas para este campeonato as melhores, resumindo a missão à subida de divisão. “O grande objetivo é a subida de divisão, pois o nível da seleção é para estar na divisão B”, referiu o técnico, acreditando que das seis seleções em ação, a que “tem mais condições de conquistar o título é mesmo a lusa.” Quanto às equipas que poderão criar mais dificuldades a Portugal, Jorge Almeida, ainda que salvaguardando que “só dispõe de informação escassa e antiga sobre as seleções que estarão em competição, receia mais a Bósnia-Herzegovina e a Sérvia.”

A realização do Campeonato da Europa C em Portugal é aplaudida pelos representantes da seleção portuguesa de BCR e fruto dos esforços da Associação Nacional de Desporto para Pessoas com Deficiência Motora (ANDDEMOT), da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) e da Federação Portuguesa de Desporto para pessoas com Deficiência (FPDD).

Jorge Almeida classifica mesmo esta organização como “muito importante para as aspirações lusas quanto ao futuro desta modalidade, uma vez que o evento poderá servir para que o BCR português tenha uma maior divulgação e seja um meio de captação de novos atletas.”

Questionado, exatamente, sobre o panorama nacional atual de jogadores que praticam BCR, Jorge Almeida aponta para a “existência de mais de uma centena de atletas que podem ser potencialmente selecionados para representar a equipa nacional, um número que considera razoável mas aumentar o lote seria muito importante: “Teríamos mais força e mais opções”.

Quanto a essa meta, tem sido feito trabalho junto das escolas para divulgação e captação e estão pensados protocolos a criar com os Centros de Medicina e Reabilitação públicos/privados.

Quanto ao nível de competição português, Jorge Almeida garante que tem existido trabalho, enumerando, por exemplo, a “criação pela equipa técnica da Anddemot de um Plano Nacional de Desenvolvimento para o Basquetebol em Cadeira de Rodas que foi enviado para as equipas em novembro do ano passado.” O documento serve também de apoio ao trabalho realizado nos estágios da Seleção Nacional de BCR.

“Penso que a criação de uma escola de basquetebol em cadeira de rodas seria fundamental para o aparecimento de novos atletas, assim como para o desenvolvimento da modalidade”, apontou ainda Jorge Almeida que, quanto a apoios, o panorama não é nada animador. “Muito escasso. Por falta de apoios já houve um ano em que não houve Campeonato Nacional, assim como já por diversas vezes não nos foi possível participar nos Campeonatos da Europa, havendo atletas que perderam a possibilidade de competir ao mais alto nível, o que nos entristece muito” contou.

Atualmente as referências para Portugal nessa modalidade são países como Espanha, França, Alemanha, Turquia, Polónia, EUA, Canadá e Austrália, por terem maior peso no basquetebol mundial, quer a nível de equipas, quer ao nível de seleções nacionais. Mas, Jorge Almeida não deixa de destacar “o excelente trabalho que as seleções da Turquia e Polónia têm vindo a fazer, lembrando que ambas começaram ao mesmo tempo que Portugal nas andanças europeias da modalidade e hoje são seleções de topo no ranking europeu e mundial.”

A seleção portuguesa já realizou vários estágios. Antes de se estrear no Campeonato Europeu, Portugal ainda marca presença no Torneio de GDD Alcoitão, a 4 de julho.

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